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-Tudo isto aconteceu quando vocês estavam fora do país?
-É verdade. Curiosamente faziamos o nosso primeiro concerto fora de Portugal e, quando voltámos para o nosso país, fazem-nos uma coisa destas. É muito, muito triste.
-Mas porque é que acham que se inventam boatos destes?
-Sem querer ofender ninguém, achamos que há pessoas que, como já disseram tudo o que tinham a dizer dos Excesso, agora resolveram inventar coisas. Estamos muitos tristes porque nos sentimos usados, como se fossémos uns juguetes que se manobra à vontade dos outros.
-Diz-se que vocês se zangaram por causa da compra de carros?
-Isso é absurdo. Com toda a certeza, essa seria a última causa pela qual os Excesso se zangariam. Esse argumento não tem lógica nenhuma e não passa de uma mentira.
-Outros dos argumentos usados por quem diz que a banda ia acabar, foi o de que vocês já não têm mais espectáculos marcados depois de Dezembro?
-É assim: nós já temos espectáculos marcados para Março, nomeadamente para a Big Council, também para Marco de Canaveses já há concertos previstos. Realmente em Janeiro e Fevereiro não há espectáculos porque a Polygram pediu-nos, por favor, para irmos fazer promoção para o Brasil. Assim, o que fizemos, foi deixar aqueles dois meses reservados. Um para o Brasil e o outro para tentarmos criar algo para o nosso novo CD.
-Um novo CD?
-Sim, ainda não temos nada em definitivo mas estamos ansiosos por começar a trabalhar nele. No entanto, como temos montes de projectos pela frente, vai ser difícil de conciliá-los com a feitura do novo disco. Ainda pensámos gravar alguns temas durante a nossa promoção no Brasil, mas é muito complicado porque tinhamos que levar técnicos de som, os nossos produtores e então desistimos. Não vamos gravar lá nada porque os Excesso não dispensam as pessoas que trabalharam com eles no primeiro CD.
-Como poderá ser o próximo trabalho dos Excesso?
-Como ainda não começamos não te posso dizer nada em concreto, apenas que vai ser dentro da mesma linha do «Eu Sou Aquele», mas com certeza para a Super POP.
Tcham Tcham...
Atenção: a direcção da Polygram portuguesa foi ao comité da América Latina da Polygram, com dois temas dos Excesso gravados em dois temas dos Excesso gravados em espanhol. Estamos muito felizes porque a recepção que a nossa música teve foi muito, muito boa. Por isso já nos chamaram do Brasil e também de outros países. É claro que, por enquanto, vamos dar prioridade ao Brasil, por ser a nossa lingua irmã, mas depois partimos à conquista de todo o marcado latino.
- Quando souberam que no comité vários países tinham ficado interessados em vocês, como se sentiram?
- Não vos passa pela cabeça o que nós sentimos. Pulámos de alegria, ficámos radiantes, super felizes. E é assim que esperamos que todas as nossas admiradoras fiquem porque, vamos onde formos, elas estarão sempre connosco. Elas foram as primeiras a acreditar em nós e a dar-nos força para continuar. Nunca as abandonaremos.
- Vão editar em Portugal esses temas em espanhol?
- Até agora não está nada previsto.
- Vocês vieram agora de dar um concerto em Jersey, como correu?
- Muito bem, tinhamos a sala não cheia, porque era proibido por lei, mas com imensa gente que vibrou ao máximo com a nossa música.
- Têm mais concertos marcados para o estrangeiro?
- Sim bastantes. Para Moçambique, E.U.A, África do Sul, França, Inglaterra, Alemanha, Suiça, Luxemburgo, vamos também a Macau...
- Ou seja os Excesso têm um futuro radioso pela frente?
- Esperemos que sim, que tudo nos corra bem, quer agora na nossa internacionalização, quer no nosso próximo disco aqui em Portugal.
Beijinhos um bom fim de semana e fiquem com os sons dos meus sentimentos.