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Desculpem lindos mas fiz o que pude.
As noites, a TV e as namoradas…
TvMais – Como é a vossa relação? Por exemplo: costumam sair juntos?
Excesso – Infelizmente, nos últimos tempos, a grande maioria do nosso tempo é passado a trabalhar, em espectáculos. Ocasionalmente conseguimos dar algumas escapadelas, mas tem sido raro termos um ou dois dias livres por semana.
Tv+ - Onde mais gostam de sair?
Excesso – Em Lisboa, que é a melhor cidade da Europa para alguém se divertir. A nosso ver com um inconveniente: o excesso de oferta…
Tv+ - Portanto, gostam de fazer vida nocturna?
Excesso – É pena que, actualmente, o conceito de vida nocturna se baseia em horas tão tardias. As pessoas só vão para as discotecas ás cinco da manhã. Quem se quer divertir não pode ter rendimento no dia seguinte. Sabe, as ressacas…
Tv+ - Que críticas fariam à maneira de estar dos portugueses, de uma maneira geral?
Excesso – Portugal é um país de preconceitos… Apesar de não haver comparação possível com o passado, as pessoas continuam a condicionar-se pelo que pensam os outros. Não nos faria mal sermos um pouco mais egocêntricos, a exemplo do que se passa lá fora.
Tv+ - Qual é a vossa opinião sobre a televisão que se faz em Portugal?
Excesso – O que está em causa é o nível de audiências. A liberdade de expressão é algo muito importante no qual o aparecimento da SIC teve um papel decisivo. Aliás, tornou-se por isso numa das melhores televisões que temos em Portugal.
Tv+ - E sobre namoradas, o que têm a confessar?
Carlos – O relacionamento com alguém é uma necessidade humana. Amar faz parte das coisas fundamentais…
João Portugal – Uma mistura tipo cocktail… Mas há uma amiga muito especial com quem gosto particularmente de estar…
Melão – Há uma pessoa de quem gosto imenso, mas não ando com ninguém em particular.
Gonzo – Não tenho porque ainda não encontrei a pessoa certa. Depois, para mim coisas como o casamento são anti-natura. Acredito na relação a dois mas não nesses termos.
Os Excesso na ilha de S. Jorge, nos Açores, onde os aguardavam centenas de fãs histéricas.
Revista: TvMais
A animação é uma constante. Até no avião, Duck consegue pôr os passageiros a rir. Gonzo, ex-comissário de bordo da TAP, envergonha-se e não acha muita piada à brincadeira. Carlos parece ser o pai de todos os outros, ou não fosse ele caminheiro do escuteiros. Tem um «coração do tamanho do mundo», afirma um elemento da produção. Praticante de karaté e dança, tem o curso de Guia-Intérprete, fala japonês, inglês, francês e espanhol, além de ter aulas de canto. Recentemente, Carlos submeteu-se a uma operação ás cordas vocais, mas já está completamente restabelecido. Nos Açores, aproveitou os tempos livres para se sentar ao piano com Portugal e, juntos, fazer os primeiros acordes daquele que, asseguram, vai ser o seu próximo sucesso, num disco a lançar no ano que vem.
Apesar da operação de marketing que envolveu o projecto, nunca se pensou que os Excesso adquirissem o estatuto dos Backstreet Boys ou dos Boyzone a nível nacional. Agora, os cinco rapazes passam muitos dias juntos e recordam, o dia em que Portugal teve de ser rebocado por uma canoa nos mares de S. Miguel ou o choro em grupo na noite da Passagem do Ano…
Os Excesso são o maior fenómeno musical dos últimos anos. Enquanto a RTP prepara um documentário sobre o grupo, a «TvMais» quis conhecê-los na intimidade.
Pedro Dias
Carlos, João Portugal, Duck, Melão e Gonzo, os cinco elementos dos Excesso sagraram-se um fenómeno a que Portugal já há muito não assistia. Para além da música, os cinco amigos que se juntaram e fizeram uma banda musical acabaram também por alcançar posições de estadão entre as adolescentes que não tiveram pruridos em os encarar como uma espécie de «fenómeno Beatle» no Portugal dos anos 90. «Não gostamos de ser vistos como bonecos de plásticos», dizem-nos quando lhes perguntamos como lidam com o êxito. Aqui fica o retrato de cinco estrelas que sorriem e desviam o assunto quando se fala no número de fãs e namoradas que têm. Melão é o traquinas do grupo e não o esconde. Sobre ele, gracejam os outros: «Se fosse pelo Melão, só trabalhávamos da parte da tarde». Uma conversa a cinco, com animação na piscina por baixo do calor escaldante de Julho.
TvMais – O que vêem de melhor na fama que conseguiram alcançar?
Excesso – O reconhecimento por um trabalho que consideramos bom.
Tv+ - Gostam de ser abordados na rua?
Excesso – Gostamos de qualquer manifestação de reconhecimento que nos possam fazer. Contudo tudo tem limites, por vezes gostaríamos de poder ter mais tempo para estarmos sós.
Tv+ - A imagem de symbols agrada-vos?
Excesso – Não é esse o nosso objectivo e quando nos interpelam pensamos sempre que são pessoas que apenas gostariam de falar connosco.
Tv+ - Os Excesso também têm sido alvo de polémica…
Excesso – Normalmente as pessoas começam do zero. Nós começámos abaixo do zero… Isso irrita muita gente que depois nos põe rótulos.
Tv+ - Como o de «bonecos de plástico»…
Excesso – Quem pensa assim deve assistir a um dos nossos espectáculos para ver como trabalhamos. A única coisa que pedimos aos outros é o benefício da dúvida… Deixem-nos provar o que valemos!
Tv+ - Mas há quem pense que vocês dependem muito da máquina montada à vossa volta, que são um produto de marketing?
Excesso – Sim, mas isso não é verdade. A nossa produtora não nos impõe as coisas da maneira que as pessoas pensam. Temos muito mais autonomia do que isso.
Revista: TvMais
"Não gostamos de ser vistos como bonecos de plásticos"
Os cinco rapazes do grupo são divertidos e nunca recusam o assédio das suas milhares de fãs.
SOFIA FONSECA
Todos os espectáculos dos Excesso começam da mesma maneira: uma voz off anuncia os nomes, idades e signos dos cinco elementos daquela que se autodenomina como a primeira boysband portuguesa. Não que isso fosse necessário, já que, onde quer que vão, qualquer deles é reconhecido tanto pelas crianças, como pelas suas mães e até avós. Nos Açores isso não é excepção. Depois de terem estado na Terceira, os Excesso passaram um fim-de-semana em São Jorge, onde deram um espectáculo nas Velas. No concerto, ao som de «És loucura» ou «Não sei viver sem ti», a histeria foi a mesma de sempre, com as fãs a cantar a música de cor. Contudo na hora da despedida a situação complicou-se: duas dezenas de fãs aguardavam à saída do hotel, com a cara banhada em lágrimas. Nem a notícia de que no dia 26 estariam na ilha do Pico (ver caixa) as fez esboçar um sorriso. Aliás, durante todo o fim-de-semana a esplanada do hotel funcionou como uma espécie de miradouro: as raparigas amontoavam-se, apetrechadas de máquinas fotográficas, para ver os cinco rapazes em tronco nu na piscina.
Gonzo confessa que lidar com as fãs nem sempre é fácil (como aconteceu quando foram passear à Expo), mas destaca algumas situações carinhosas protagonizadas pelas mais novas. «O Duck está sempre de chupa-chupa na mão. Um dia deitou um no lixo e, mais tarde, apareceu uma menina toda contente com o chupa embrulhado num guardanapo de papel» conta. Gonzo reconhece que a faixa etária mais difícil de conquistar são as universitárias: «Acham que são muito senhoras para este género de música», explica, acrescentando que as mulheres mais idosas os vêem «como os netos que sempre sonharam ver na TV». Assediados constantemente para assinarem um autógrafo ou para tirar uma fotografia, os Excesso raramente se negam a isso. Melão e Portugal logo envergam o seu ar sedutor: o primeiro conversando e chamando as teenagers por «fofas»; o segundo, colocando um grande sorriso nos lábios. Duck, assim conhecido pela sua capacidade de imitar a voz do Pato Donald, é o mais brincalhão dos cinco. Irrequieto, Duck tem sempre uma piada na ponta da língua, sobre tudo dirigida a Melão. É que, segundo os restantes elementos da banda, o rapaz dos cabelos compridos está a precisar de fazer uma pequena dieta. O mais curioso é o facto do coreógrafo dos Excesso falar crioulo…
Revista: TvMais